ARTIGO: Ética na política
A expressão ?ética na política? é a verdadeira síntese daquilo que é mais importante em uma eleição. O resultado das urnas deve traduzir para a sociedade tão-somente a consciência do cidadão, representando o sentimento de que o voto foi dado ao candidato pela crença em suas propostas de trabalho para o mandato ao qual concorreu, daí a necessidade de combater os abusos durante a campanha. Por tudo isso, o papel mais importante da Campanha de Combate à Corrupção Eleitoral, promovida pela OAB e CNBB, é fazer ouvir a população brasileira, colher e investigar as denúncias que existam em relação à ética e à moralidade nas eleições no país. Neste ano, mais do que nunca, a campanha visa novamente estreitar e reafirmar a nossa predisposição de trabalhar nas causas que interessam a cidadania. A legislação brasileira tem bons instrumentos de aferição da parte moral das eleições no Brasil. Mas um alerta é fundamental: o judiciário não pode e nem deve servir para fins eleitoreiros, como já parece estar se tornando praxe nas campanhas eleitorais. O judiciário serve para a promoção da justiça, jamais como munição para denúncias irresponsáveis, sem embasamento legal, e que somente devem ter fundamento após os devidos processos transitados em julgado, como manda a Constituição do país. Deve haver nessa campanha aquele espírito que é chamado por dom Geraldo Majella, presidente da CNBB, de ?cidadania ativa?. Nesse aspecto, os brasileiros têm muito a comemorar, pois são livres para escolher representantes comprometidos com a ética, com a cidadania, com a justiça social, e, principalmente, com a verdade, fundamento moral do resgate da credibilidade política. Vamos exercer plenamente essa liberdade. Adriano Zanotto Presidente da OAB/SC
Assessoria de Imprensa
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